Será que se um dia voltarem, ainda nos lembramos deles?
Das críticas certeiras, e das gargalhadas ainda melhores, que nos fizeram dar?
Este programa foi a prova, a certeza que a criatividade, pode ser ilimitada. Mas, se acabar, será, irremediavelmente, a "ganda nóia"?
http://www.ionline.pt/ifotogaleria/92820-53159-contra-informacao-isto-nao-e-um-adeus-e-um-ate-ja
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E da imagem seguinte, ainda há Designers que se lembrem dela? Da 2ª Exposição de design português realizada pelo INII em Março de 1973? Vamos revisitar este catálogo, que contém trabalhos, a cujos desenhos e execução de alguns protótipos, pudemos assistir. Eram tempos de pioneiros, e de criatividade; de valores que hoje já são Património.
Pois este não tem que ser apenas arquitectónico, sendo constituído, principalmente, pelas «Ideias» que, segundo Platão, as «Formas» realizavam.
E não estamos a expressar saudades do passado, mas do futuro: daquele para o qual trabalhámos e ensinámos; aquele que alguns insistem em reduzir à imagem do poucachinho - em que se vão especializando. Vamos poder ver, como já em 1973 havia críticas, relativamente a possíveis excessos, e a certos desenvolvimentos*.
Ainda em torno do Design, parabéns à Cristina Garrido, por abrir as portas do seu Atelier. "Não desfazendo, claro..." mas nos mais de 34 anos em que ensinamos, quando estávamos no Chiado, nos primórdios, e ainda não se falava em Walks of Fame, foi uma das nossas melhores alunas. O mesmo vai acontecer com o Atelier do Paraíso: é que as instituições, como as pessoas, para existirem, têm que ter Alma!
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* Desenvolvimentos tecnológicos e outros. Nesta perspectiva vale a pena ler o que escreveu Umberto Eco, em História da Beleza, sobre "A sólida Beleza vitoriana"; e dentro desse capítulo (XIV), citando Eric Hobsbawm, em "A casa burguesa", com a sua máxima especialização, e a fazer a "auto-apresentação do burguês".