... consta num banner colocado na fachada do Palácio Quintela (Rua do Alecrim, Lisboa).
Para quem como nós - desde 1976 a 1997 - ensinou materiais no IADE, e em geral neste edifício (porque foi lá que começámos*); esta coincidência para nós é uma graça! Não é piada, é uma verdadeira graça. É aquilo que se agradece, é esse o significado:
Porque finalmente vemos adquirir estatuto, um dos materiais que tanto nos esforçámos por dar a conhecer aos alunos.
Um dos materiais que por razões de história familiar (e ligação à agronomia), sempre aprendi a valorizar imenso. E como tal o objectivo era esse: que todos compreendessem o potencial e o valor da Cortiça.
Ou seja, não apenas porque quem extrai cortiça, e de 9 em 9 anos a retira, tendo nessas datas uma óptima remuneração acumulada do que investiu. Mas, um valor sobretudo devido às características do material; que, tal como para nós desde 1976, continua a merecer ser conhecido.
Diríamos que a sua leveza, as possibilidades que tem para substituir inúmeros plásticos - como por exemplo ser usado como alternativa aos poliestirenos extrudidos ou expandidos (a chamada esferovite); ser muito menos combustível que todos esses plásticos; ser igualmente alternativa ou complemento do P.V.C. e do P.V.A., com a vantagem de não libertar produtos tóxicos (como fazem os referidos termoplásticos) ao longo da sua vida útil. Tudo isso são vantagens do material natural que é a cortiça e que os designers deveriam conhecer.
Mas enfim, esta é uma opinião apenas nossa, de quem vê agora, e com o maior agrado, este regresso da cortiça.
E talvez depois, quem sabe (?) haja o regresso de tantas outras vantagens. Ou, chamemos-lhes o regresso de «coisas boas e úteis»: como a indústria, ou a «re-industrialização», e/ou o artesanato de qualidade? Também os serviços atentos aos consumidores; as «boas práticas» - em especial nesta hora em que vamos passar a depender muito do turismo? O fazer bem; o ensinar bem? Será que isto regressa?
Em suma, até o simples facto de ter prazer naquilo que se faz bem**:
Não forçosamente à pressa, mas com qualidade que se veja na obra final?
Isto é, o tão simples facto de ter prazer em transmitir conhecimentos, e detalhes dos materiais úteis para fabricar equipamentos; ou informações sobre as características particulares das construções, e seus elementos constitutivos, sejam quais forem: será que esse ensino interessa, e pode regressar?
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*E assim continuou até 2001 (ou mais?) em matéria de Ensino de diferentes disciplinas, alguém que foi «pau para toda a obra», Thanks God: porque dessa situação não deixa de tirar benefícios!
**E não «meia-bola e força» à maneira do futebol - cujo conhecimento não vai muito além da quantidade de golos, ou da estatística de cartões coloridos - e assim dá gozo a muito boa gente!
***(Re)Conhecimento que é ainda muito contraditório...
E os nossos Ideogramas: ainda estaremos cá para ver? Assistindo assim à evolução de mentalidades tão ronceiras???http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/