E já agora que tal comparar os desenhos da varanda, com os "bâtons rompus" de um tecto no Palácio de Belém*?
Sim, o mesmo em que o Presidente da República convive - que se saiba de óptima saúde, e sem arrepios, que nem Mário Soares os sentiu! - com alguns dos mais significantes sinais da monarquia e da realeza:
I. e., com iconografias geométricas que estiveram ao serviço, não só do sagrado, mas também do designado "Direito Divino do Poder Real".
Resta acrescentar que essa capacidade falante das imagens - capazes de indicarem características muito específicas de alguém - é aquilo que o design contemporâneo, e a chamada Cultura Visual, mais ambicionam**.
Embora, porque houve percas muito relevantes, essa mesma Cultura Visual tudo faça (e tenha feito) para reencontrar o modo de funcionamento da referida linguagem visual, hoje perdida.
Como o prova, por exemplo, ainda agora a existência da designada Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, e algumas das actividades a que se dedica. Ou o Movimento a que Nuno Teotónio Pereira presidiu, chamado: Movimento de Renovação da Arte Religiosa (MRAR).
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*Ver em Monserrate, uma nova história, p. 275, figs. 117A e 117B.
**Para, com um mínimo de meios, conseguirem alcançar o máximo de eficácia, na comunicação. Por exemplo nas chamadas sinalizações do design visual, mas também na Caricatura, no contar de histórias em banda desenhada, etc. Como no passado aconteceu na arquitectura, considerada obra e referência essencial na própria construção identitária das sociedades.
E ainda em:
http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/pesquisa.pl?tema=158
http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/
http://www.biblarte.gulbenkian.pt/index.php?article=347&visual=1