Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Fev 11
publicado por primaluce, às 10:50link do post | comentar

Sir William Chambers (1723-96) tinha deixado a certeza de ter havido uma linguagem “ultra-sensorial” na arquitectura.

Mais tarde, depois de 1834, data do fogo no edifício do antigo Parlamento, que tinha tido obras recentes conduzidas por James Wyatt – o arquitecto que trabalhara para William Beckford (1760-1840), no projecto e construção de Fonthil Abbey. Em 1834-5 quando se abriu o concurso para as novas Houses of Parliament, este definia o Estilo em que o edifício devia ser construído; assim a mesma ideia é confirmada. Porquê exigir que fosse construído em Gótico, ou em Elizabethan; se, alternativamente, e cada vez mais, o Neoclássico se vinha a impor?

Porque, claramente, a questão estava longe de ser indiferente: já que havia Estilos e respectivos Ornamentos, mais ou menos adequados, conforme os propósitos de utilização das construções. Ou, dito de outro modo, conforme aquilo que se pretendesse que a nova edificação comunicasse.

Fotografia de um excerto da fachada do Palace of Westminster and Houses of Parliament, obra Gothic Revival, que também influenciou a solução escolhida para a Casa de Monserrate, projectada pelos arquitectos Knowles, para Francis Cook (m.1901). Vejam no nosso trabalho, no IIIº Capítulo, a partir da p. 106, onde várias destas problemáticas estão substancialmente desenvolvidas. Quanto à planta do edifício do Parlamento, merece ser vista: para se perceber a sua modernidade, e o modo inteligente como permite diferenciar várias zonas, ao mesmo tempo que permite depois o seu encontro, numa área central de confluência.

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Ontem foi um dia grande para as Artes e Ensino Artístico em Portugal. Não porque o país tenha feito um grande acto, ou, seja o merecedor do reconhecimento internacional de Paula Rego. O mérito pertence-lhe, quase exclusivamente: primeiro a ela e à família, que lhe proporcionou um ensino diferenciado, no colégio inglês de Carcavelos, e depois em Londres. O mérito, foi-lhe «proporcionado» (e então já decisivamente reconhecido), mais tarde, ao ser favorecida pelos professores, e sobretudo pela crítica, quando ainda não tinha atingido a sua fase mais madura. O nível de qualidade que, por exemplo, esteve reunido na exposição do CCB em Lisboa, e uns anos mais tarde, no Porto, em Serralves, orgulha qualquer país. Vejam os vídeos:

http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/NoticiasCultura/2011/2/paula-rego-recebeu-o-doutoramento-honoris-causa-da-universidade-de-lisboa11-02-2011-215720.htm

http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/NoticiasCultura/2011/2/paulo-rego-foi-homenageada-pela-universidade-de-lisboa11-02-2011-202713.htm 

É espantosa e desconcertante, a simplicidade - por vezes quase dificuldade de expressão - com que Paula Rego fala dos seus trabalhos e da sua obra. Lembra-nos (a nós) Amália Rodrigues, e também o seu modo, que, com frequência, era totalmente desconcertante! Mas, percebia-se, correspondia a ideias, talvez não muito arrumadas, e à «maneira doutoral», porém certíssimas!  

No último vídeo (o seguinte) retenham a frase da Professora Luísa Arruda, registando a noção que todos temos: “Ninguém é profeta na sua terra…”:

http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/NoticiasCultura/2011/2/paula-rego-recebe-insignias-do-doutoramento-honoris-causa11-02-2011-85932.htm

Amanhã, ou depois – sempre sine die – soma e segue: porque assuntos sobre a criação artística, e a capacidade de síntese que as «Obras» (Arte ou não...?), exigem e revelam, esses assuntos não faltam. Por exemplo, vêm das palavras de Paula Rego, que merecem ser exploradas: Em segundos disse tudo ! 


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