Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
02
Nov 12
publicado por primaluce, às 17:30link do post | comentar

Hoje alguém disse - cheio de humor - que vamos dar um grande salto: voltar ao tempo da Pedra Lascada.

Francamente, não sei se nos importamos?

Claro que a Internet, as Pens, os Discos Externos, os Datashows e os Power Points (e muitas mais tralhas*) – " on est d'accord, franchemment" que tudo isso é um admirável mundo novo. Giríssimo, altamente apelativo que não pode não fascinar! Porém, só se exige a esses apoios logísticos um pequeno detalhe, mínimo: Que funcionem!

Por exemplo, que funcionem tão bem como os Agregados Artificiais e as suas vantagens, que vão voltar (amanhã ou depois**)!

Até lá deixa-se o link para um site onde se refere uma casa de Amesterdão que foi remodelada, e cuja organização se fez a partir uma estante (de livros) com 10m de comprimento e 9m de altura. Vejam os desenhos e notem como no R/C foi mantida uma parede, certamente associada ao suporte estrutural da edificação. Parede que entretanto não se vê mais nos pisos superiores. Terá deixado de ser necessária?

http://www.dezeen.com/2012/10/07/vertical-loft-by-shift/?utm_source=A%2Bkindle%2Bwill%2Bnever%2Blook%2Bthis%2Bgood&utm_medium=Comment&utm_campaign=RHS

No referido site faz-se ainda referência à vida e obra de Gae Aulenti, a Arquitecta-Designer Italiana que transformou o Quai d'Orsay em Museu d'Orsay.

http://www.dezeen.com/2012/11/02/gae-aulenti-1927-2012/

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Mas foram aquelas componentes que hoje não funcionavam – por razões muito humanas de falta de manutenção, e não que sejam as culpadas. Já que as pobres daquelas máquinas até são boazinhas...!

**E boazinha e útil também foi a Tecnologia de Materiais que durante décadas ensinámos.

Novas informações sobre Hugo de S. Victor e a sua obra em

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/44496.html


11
Out 12
publicado por primaluce, às 14:00link do post | comentar

Afinal há bibliografia que em Portugal outros estão a conhecer!

Porém, como temos percebido (e dito) não retiram todas as informações que a mesma contém!

Temos insistido das mais variadas formas, e apelado a que se avance na Historiografia.

Sabemos que estamos numa situação privilegiada, dada a nossa formação, o hábito dos trabalhos em equipa, e principalmente a transversalidade a que Arquitectura obriga os projectistas.

Dar aqui, neste blog, tudo..., mais do que estamos a dar? Não nos compete.

A Edição, como muito bem mostrou Rogério Mendes de Moura, da Livros Horizonte, não é inútil ou despiciente.

Pelo contrário, acrescenta muito à Ciência, especialmente quando esta está em mãos menos dotadas, ou até (é mais proprio), em mentes de irresponsáveis: porque incapazes de serem sensíveis, não aos conteúdos científicos de trabalhos inovadores - eles captam isso - mas mordem-se de inveja por não serem os seus autores.  

Digamo-lo com clareza, são insensíveis também aos avisos e apelos sucessivos, no sentido de serem explicados os verdadeiros valores contidos nos trabalhos que propositadamente estão a pôr de lado.

Não nos estendemos mais, aconselhamos a leitura do artigo cujo link se apresenta. Leiam e talvez possa acontecer, desejamos, que um brilho minúsculo comece a surgir nalgumas mentes?!   

http://www.fcsh.unl.pt/iem/medievalista/MEDIEVALISTA7/medievalista-meirinhos7.htm


26
Out 10
publicado por primaluce, às 10:35link do post | comentar

Como já defendemos, no trabalho dedicado a Monserrate, os elementos iconográficos constantes no título do post de hoje, pretenderam todos transmitir a mesma ideia. Embora depois, com o passar do tempo, cada um deles, possa ter adquirido significados mais específicos.

 

Estamos pois perante linguagens que foram muitíssimo polissémicas, e onde, por isso, eram possíveis diferentes sentidos e níveis de leitura. Se Umberto Eco deu conta desta noção em A Obra Aberta, mais recentemente escreveu A Vertigem das Listas, onde, de novo, aflora o tema da diversidade, da quantidade e dos Elencos: apresentando Listas (que poderiam ser infindas) de inúmeros exemplos que surgem como uma amostra, de cada espécie diferente. Isto é, mais do que a apresentação de todas as variedades, trata-se da ênfase da sua existência (em grandes quantidades). 

Num dos capítulos refere-se à Retórica da Enumeração, e como esta estimulou uma certa «rítmica da medida»*. O tema é um pouco abstracto - não deixando de lembrar uma certa «música das palavras» (ver em 14 de Outubro) - até mais abstracto, do que alguns outros que já tratámos, e ficaram no trabalho do mestrado; ou, os que estamos a incluir no trabalho de doutoramento.

Para já não se acrescenta mais nada, destacando apenas que, só alguém detentor de uma Cultura vastíssima - com letra grande - poderia empreender um trabalho como é este (A Vertigem das Listas). Por conhecer, e dominar, com um grande à vontade, a existência de inúmeros elencos. Assim consegue percorrê-los transversalmente, para mostrar o que têm de comum, ou de especifico, e diferente.

Como sabemos, as Enciclopédias mostram bem que tudo é listável; porém, o Saber não são listas..., nem a quantidade de elementos que constam nessa lista!

O Saber, como mostrou Hugo de S. Victor em Didascalicon, tem a ver com a inserção de cada um desses elementos, no seu lugar, próprio. O Saber e o Conhecimento, são vistos, desde tempos remotos, como equiparados a Edifícios, e como uma verdadeira Arquitectura. Daí a exigência de uma grande cultura, e de uma pluralidade de saberes, como foi explicado por Vitrúvio, que são necessários à formação do arquitecto.

 

Durante anos ensinámos Tecnologia de Materiais, disciplina onde muitas vezes se chegava, exactamente, à Lista e ao Mapa de Materiais, a empregar numa determinada construção. Esses materiais são transportados para as obras em camionetas, que fazem sucessivas viagens, descarregando o seu conteúdo. Mas, como se percebe, a edificação não é relacionável com o número de viagens que a transportadora fez; ou, com a montanha dos materiais descarregados!!! Trata-se, sim, da respectiva organização, e da sua colocação no edifício, de acordo com uma série de normas e de preceitos. Aqueles que o arquitecto, com a sua formação pluridisciplinar, preconizou fossem usados: conforme aquilo que queria transmitir, e as boas regras da construção.     


* Por oposição também se refere à "Enumeração Caótica". Ver em A Vertigem das Listas, Difel, Lisboa 2009, p. 321.       


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