Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
23
Abr 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Mas que, infelizmente para esses muitos praticantes, aqui não entrou: seremos excepção, nós não o cometemos!

 

Adorariam que o tivéssemos cometido, para poderem apontar o dedo, porém, para esses, é o contrário que os «eriça». Que não tenhamos tido necessidade de andar por aí a copiar, e que tivéssemos visto que, exactamente o oposto, andam todos muito enganados. Porque seguem autores e ideias que se desviaram substancialmente do essencial. Aliás, é tal o hábito de ser seguidor de outros que uma das fúrias de Maria João Neto (quiçá importante dúvida epistemológica, e que fique com quem a tem!) foi expressa nestes termos - estes sim bastante originais, pois embora com muito menos fúria vamos estando a habituados a ouvir sobre esta mesma ideia:

Você vê coisas que ninguém vê.

Porque é que você vê coisas que ninguém vê?

Mas porque é que ninguém viu antes...?

Ou seja (além de sorrisos e risos), é assim que interpretamos, aqui está a nossa visão, para tão furibunda asserção: A referida professora, insegura, quer continuar a seguir outros estudiosos, em vez de por si aprofundar os temas que lhe interessam (e em geral, é pecha, todos fazem isto - eles seguem-nos - aos melhores autores*). Mas, não nos considerando a nós com «calibre» suficiente para ser seguida, então a dita (ex-orientadora) teve que optar por fazer outros caminhos.

Thanks God - pois como se pode ver há carroças demasiado pesadas, e é alguém por quem não queremos puxar! Que vá por ela (só que, grande ironia, não foi isso que a dita fez...). Havendo no seu Monserrate alguns casos muito interessantes.

E um desses, detectámo-lo aliás na rápida leitura que fizemos nesse seu Monserrate, que segue o nosso a 10 anos de distância, e a pegar nalguns temas que nunca nos interessaram (embora fossem muito queridos da AAM). Isto é, a Associação dos Amigos de Monserrate, fortemente ancorada no que foi o passado da Feitoria de Lisboa, sempre pretendeu valorizar a acção das pessoas intervenientes e ligadas ao palacete. Enquanto nós, pela nossa (de)formação profissional sempre estivemos intrigados por grandes séries de formas e de ornamentos que o Palácio de Monserrate ainda patenteia: apesar de ter sido bastante transformado e danificado (inclusive em restauros recentes). Também em estabelecer pontes com o Pavilhão Real de Brighton, frequentemente dado como fonte para o que se fez nos meados de 1860 em Monserrate, e que já tínhamos visitado alguns anos antes...

Mas enfim, para Maria João Baptista Neto, como aliás já se tinha verificado noutras circunstâncias, para ela, aparentemente (?) é em geral mais fácil pôr os outros «a desenvolver» do que a própria, inclusive ela a conseguir evoluir? Pois deve recear arriscar..., Pôr pé em ramo verde? Provocar o que está estabelecido!? Pouco interessa pois fomos mais formados para inovar do que para seguir acriticamente...Embora em História da Arte importe o essencial, que é saber pensar com a própria cabeça e não forçosamente «com a do chefe»...

E assim, com a assertividade lá muito em baixo, no seu Monserrate, face a algumas das nossas interpretações e explicações** (muito nossas, e com as quais deve ter concordado?), se por acaso algum outro autor já tiver dito o mesmo que nós dissemos, mesmo que o tenha escrito/dito há décadas ou séculos (mas sempre antes de 2005), então, claro que essa nossa ex-orientadora prefere citar esse outro, e não a própria aluna que deve ter tido o imenso azar de orientar? E sabe-se lá, aliás, para cúmulo, o imenso azar de com ela ter aprendido alguma coisinha...? Só que, by the way, chegou a haver elogios sobre isso (vindos de Vítor Serrão, mas como foram feitos antes da defesa da nossa tese, em que tanto o «incomodámos», claro que depois da data dessa defesa foi assunto que morreu...)

Em suma: Azarucho o deles! Pois são memórias nossas, que as temos, e não são poucas. Algumas bem divertidas da nossa passagem pela FLUL entre 2001 e 2005, que adorámos.

Passemos então a um dos exemplos, que demos logo por ele (mas há vários outros...) no Monserrate de Maria João Baptista Neto: está na explicação/justificação de um pano suspenso - a lembrar uma tenda, que acentua o cunho arquitectónico, misto (e ambíguo) ocidente-oriente - colocado sobre a mesa da casa de jantar oitocentista, a fazer de sub-tecto.

Acontece que na nossa vida passámos centenas de vezes por este problema (que não foi exclusivo do século XIX), e que é notório em cantinas e restaurantes «meio-beroscas». Dir-se-ia nestes moldes, já que mais ou menos é regra em todos aqueles espaços em que «não houve projecto» e portanto também ninguém se lembrou que existe um fenómeno comummente designado reverberação acústica: i. e,. a reflexão dos sons que é preciso serem absorvidos para não ficarem «livres e a ecoar» no espaço***.

Sépia_MONSERRATE.bmp

(About Reverberation Time - RT)

Por isso, logo que vimos a fotografia acima reagimos imediatamente a interpretar o que teria acontecido, e, como é óbvio, a perceber o toque artístico/habilidoso de alguém, que, «de uma só cajadada, conseguiu matar dois coelhos»: Resolvendo assim um problema muito específico de design ambiental.

Pois então, não lhe bastando esta interpretação - que é muito nossa, pois resulta de anos de experiência, e foi expressa oral e espontaneamente, face a uma fotografia algo surpreendente-; eis que a dita historiadora conseguiu encontrar num autor antigo, reputado, afamado, o mesmo que lhe dissemos de viva voz numa qualquer das muitas reuniões de trabalho do mestrado... Isto é, lá conseguiu arranjar, já dito por alguém, outro, que o viu antes de nós (o que não admira!), a mesma banalidade capaz de justificar insólito registo

Moral desta historieta (que por acaso conseguiu não versar a invídia):

Não é nada difícil pensar, e nesse pensamento conseguir encontrar cruzamentos entre a História da Arte, a Arquitectura e o verdadeiro Design Ambiental: aquele que procura soluções para concretizar uma vivência confortável em qualquer espaço 

~~~~~~~~~~~~~~

*E um desses exemplos é José-Augusto França.

**Que as fizemos livremente, com o nosso equipamento intelectual que fomos adquirindo em 25-30 anos de profissão e em 2002 constava no nosso arquivo mental. Mas Maria João Baptista Neto, ainda bem, teve a sorte de ter muito mais tempo (mas nem poderíamos saber que um dia estaria em concorrência connosco!), e ter conseguido obter o livro de Priscilla Metcalf que estudou, ao que sabemos com razoável profundidade, a obra de James Knowles.

***Mais, durante várias décadas ensinávamos aos alunos do IADE a chamada Fórmula de Sabine (que aprendemos nos fantásticos apontamentos para os estudantes da ESBAL de António Lobato Faria); ensinando-os a calcular o que se designa Tempo de Reverberação. O qual, num Espaço com as dimensões (cubicagem) da Casa de Jantar de Monserrate, com paredes de Estuque, predominantemente lisas - que muitos anos ajudaram a endurecer. Esse tempo de reverberação poderia rondar os 2 segundos. O que, convenhamos, estaria muito perto do ensurdecedor, sendo dificílimo fazer a «separação» dos sons, e portanto conseguir uma desejável inteligibilidade da palavra:

Em resumo: Se visualmente parece (hoje) que houve um pano de feirante no tecto da Casa de Jantar da família Cook, acusticamente, para eles (ingleses), o ambiente mudou. Porque todas as conversas cruzadas dos vários convivas que estivessem sentados à mesa, do ponto de vista ambiental (ou das ondas sonoras invisíveis) isso seria bem pior que uma feira:

O verdadeiro massacre sonoro!


05
Fev 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

..., é uma frase bem gira de António Quadros, que a escreveu.

 

Mas, já explicámos que não concordamos com ela. Aliás, se seguíssemos Cirilo Wolkmar Machado poderíamos constatar que este autor não se refere a uma escrita ibérica, mas a algo vindo do Oriente. Portanto vindo de um pouco mais longe, mas que é assim (como já várias vezes citámos a passagem seguinte), desse modo que Cirilo faz alusão a uma escrita: “...Os homens começarão no oriente a fazer imagens que erão como nomes ou ieroglifos...”

Acontece que isto de Investigar, é mesmo  - em nossa opinião - uma das actividades mais interessantes que se podem desenvolver: e que, equiparável (seja ou não «impactante» por haver quem esconda os resultados), não nos parece que haja muitas mais hipóteses, de outras actividades igualmente interessantes? A não ser o Ensino...?

Só que, talvez porque não temos parado de ter óptimos sucessos?, - pois sempre que pegamos em livros de autores mais antigos, e nascidos há mais anos - do que a maioria dos nossos contemporâneos que se auto-proclamam estudiosos, doutores e investigadores (mas que resolveram desprezar os referidos autores mais antigos); nesses trabalhos dos antigos, geralmente encontramos informações fantásticas, para a partir delas se pode perceber o que se passou lá atrás, em tempos que os investigadores de hoje, eles próprios tornam obscuros.

De entre essas informações estão as de alguém que foi um enorme sábio, chamado E.H. Gombrich, e é dele o excerto a seguir, que nos diverte bastante, tal como a referência a Champollion que foi feita por António Quadros. Como podem ler, ambos (Gombrich e A. Quadros) deram grande importância à descoberta - quando no futuro a mesma acontecesse... - do que consideraram ter sido uma escrita*:

"Não há feitiço mais potente do que aquele lançado pelos misteriosos símbolos de cujo sentido se esqueceu. Quem pode dizer que sabedoria antiga pode estar incorporada nessas enigmáticas configurações e formas? A aura em torno dos hieróglifos egípcios antes que pudessem ser lidos é apenas um exemplo desse apelo que exerce o desconhecido sobre a imaginação humana. A busca pelas origens, pelo conhecimento  e sabedoria primevos, procura o apoio de qualquer sinal visível ao qual possa ser associada. Os estudiosos da cultura podem outra vez ser lembrados da comparação entre a história dos motivos e a história da etimologia (...)

O mesmo que ocorre com a etimologia se dá com os 'designs'. Em ambos os casos as especulações são particularmente despertadas por questões religiosas (...) "**.

Por fim, temos nós que dizer que as nossas dificuldades como já deixado no post anterior vão ter que terminar (por simples falta de espaço...). Mas sem que ainda se saiba o como? Pois não nos parece que instituições honestas, e ambiciosas, queiram estar no Ensino - que se quer de qualidade - a depender de gente que não é de confiança, e que nem pode dar garantias de uma seriedade mínima? Parece-nos e perguntamos, como  fazemos sempre que temos dúvidas.

Entretanto, vamos continuando a estudar, e a investigar 'non stop', enquanto se aguarda que os empecilhos de hoje*** resolvam «mudar de actuação», resolvam aprender, e com novas informações (um "empowerment" de que precisam), consigam ficar aptos para compreender que todos temos um passado que, permanentemente influi na nossa criatividade, nas obras e propostas que vamos inventando...

DSCN7097.JPG

Por nós o prazer de estudar e de investigar veio substituir o de ensinar, e 'tá-se optimo...

~~~~~~~~~~~~~~~~

*Escrita que - como também já apresentámos aos nossos leitores esse excerto muito específico -, para o Pseudo-Dionísio (dito o Areopagita) foi uma "escrita de Arquitectos". Como podem confirmar em -

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/vaos-e-vergas-ainda-as-notas-de-um-69479, no texto que começa assim: "As vergas indicam o poder real, a soberania,..." (etc.)

**Claro que quanto a esta passagem de Gombrich, hoje citada, ela está carregada de ideias (que estão correctíssimas, e ainda bem que a descobrimos) só que, por enquanto não interessa deixar mais nada..., pois não queremos facilitar ainda mais a vida de gente desonesta.

***Destruidores, a quem (ainda) ninguém obrigou a pagar o que andam a destruir. Só que, seria bom que o fizessem!


21
Jan 16
publicado por primaluce, às 11:00link do post | comentar

Felizmente há pessoas que deixam saudades:

 

Ainda bem que existiram e viveram, porque à sua volta, nas actividades que desempenharam, no bem e na inteligência que divulgaram e espalharam, ficaram referências: verdadeiros modelos e padrões do que é uma cidadania impecável.

Por isso neste momento é impossível esquecer os seus opostos*.

É em memória do melhor que muitos nos deram (leiam, procurem, pois neste blog há várias referências a Nuno Teotónio Pereira - NTP); é em memória de pessoas como ele, que não deixaremos de denunciar os infestantes e nódoas da sociedade em que estamos: malta que está longe de saber o que são comportamentos edificantes, porque é que a Arquitectura é/foi um tropo.

Sobre NTP há muito escrito e reflectido, por isso basta divulgar, para que se possa comparar, opor a, e passar denunciar, a tal militância nefasta e infestante que é tão prejudicial à sociedade (e não parece querer corrigir-se, adoptar os bons exemplos**).

Image0199.JPG

(ampliar)

Image0200.JPG

(ler ampliação)

HomenagemNTP-3.jpg

(ler ampliação)

*É preciso que uns morram para que outros nasçam, mas não nascerem pessoas (se é que são pessoas?!) como os aldrabões que brotam do chão já doutorados, e com quem temos que lidar todos os dias: ignorantes que pagaram os ditos doutoramentos em Universidades do Interior - ou demasiado à Beira-Mar ---» serão de uma qualquer UBI-M? - e que por isso, por exemplo, acharam que a nossa mais do que honestíssima progressão na carreira docente não podia concretizar-se...

Fizeram bem, pois assim se auto-denunciaram!

**A dos que se pautam pela redução da vida às suas posturas ignóbeis...

E em 25 de Janeiro acrescenta-se um Filme vindo da Rádio Renascença, exemplos em que Nuno Teotónio Pereira diz ter-se demarcado do passado, mas nos quais nós vemos a História da Arquitectura a evoluir, e sem perder as suas raízes ou linguagens antigas...


13
Jan 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... fotografar tectos que depois hão-de cair? É certamente a máquina fotográfica, que ao focar essas áreas as destrói? Só pode...

 

Muitos concordam, de certeza, com esta última asserção, a qual não é assim tão fácil de aceitar e compreender...

Porque claro que não é a incúria, demorada - pois leva tempo a ser absorvida pelas mentes dos responsáveis -, mas são sim as máquinas fotográficas, elas próprias as verdadeiras e grandes destruidoras de um Património Cultural que os Autarcas e responsáveis do Poder Central preferem sempre ignorar?

Sem dúvida, claro que são as máquinas fotográficas de quem aprendeu a diagnosticar o estado de conservação e as patologias construtivas, que quando apontam para alguma dessas patologias, são logo elas que danificam os estuques; que os enchem de água e que os fazem apodrecer; assim como às madeiras que os suportam.

Definitivamente são essas «ferramentas captadoras de imagens» as grandes maléficas que destroem os valores arquitectónicos, patrimoniais.

Tudo razões para que devesse ser proibido fotografar qualquer obra que esteja periclitante, e a um passo de ruir...

Image0195.JPG

Ampliar aqui

ou aqui, conforme lhe der mais jeito

É a página de um estudo dedicado ao Palácio de Monserrate, que fizemos há mais de 30 anos, e onde se pode ver um tecto de estuque da autoria de Domingos Meira: trabalho que se perdeu (por ter sido fotografado, claro, idem, também sem qualquer dúvida!).

Em baixo uma outra fotografia nossa que inexplicavelmente (?) foi aparecer num trabalho de Marta Ribeiro feito em 2014*, e dedicado aos Sarcófagos Etruscos que Francis Cook  adquiriu para a «Capela de Monserrate».

E agora, anos e anos depois, e ainda sem nenhuma ironia, será que também em Portalegre, no Palácio Amarelo, nunca deveríamos ter fotografado alguns dos seus tectos mais bonitos e valiosos? Será que o movimento ou impulso (quase inconsciente) de fotografar, é de imediato um processo de diagnóstico: uma denúncia da ruína que vai acontecer?Quiçá o movimento originador de um micro-sismo?

Por muito ou pouco que possa ser ?, por nós continuaremos a trilhar os caminhos em que há anos estamos, por vontade própria, mesmo que uns calões muito pouco honestos tenham decidido boicotar e destruir os nossos trabalhos. Acontecendo que as horas da verdade estão cada vez mais perto:

Felizmente!

~~~~~~~~

*Nesse trabalho ver a fig. 39, na p. 95


26
Out 15
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

«Pim, Pam, Pum, cada bola mata um»*?

Até quando irá durar a mediocridade que nos rodeia, que vem de cima, dos péssimos exemplos que os governantes dão...?

 

A mediocridade dos doutores autores de doutoramentos vergonhosos (eles são essas estampas, em que as outras Academias nem interferem...); doutoramentos que apenas serviram para alguém ficar à frente de instituições universitárias? Doutoramentos sem conteúdo(s), e em que nada dos mesmos se aproveita... tal é a sua falta de lógica: intrínseca, epistemológica...

Doutoramentos (e mais os outros graus que depois adquiriram), que apenas lhes serviram para acederem a cargos onde também não sabem estar, porque lhes falta tudo. A começar pela honestidade, que, caso existisse uma só pinga de..., chegaria depois ao racional e ao intelectual. E haveria de se ver!?

Porque de alguma maneira iria ser notada a capacidade criativa, o brilho dos personagens, a sua vivacidade científica as obras que realizassem, coordenassem e promovessem!?

Mas onde estão essas? Alguém consegue ver nos ditos personagens mais do que o(s) carrasco(s) dos colegas? O esconder das capacidades e dos talentos alheios...!?    

Alguém vê mais do que zeros ...

ContaKms-do-bólide.jpg

..., conta-quilómetros de novo bólide?!

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*Jogo para crianças, em que com três boladas se atiram os bonecos ao chão. Mas, neste caso há outros jogos, a fazer render o tempo: talvez os talentos, e com tarefas mais interessantes e sobretudo enriquecedoras?


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