Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Nov 17
publicado por primaluce, às 14:00link do post | comentar

Futuro com maiúscula, porque é isso que se pretende - seja grande! .

 

Hoje a ideia de Desenho, como concepção de algo (ou o design de alguma coisa) ultrapassou a fronteira das profissões dos que, habitualmente, se ocupavam a pensar as imagens do Futuro.

Antes eram quase só os arquitectos, os desenhadores ou os designers; os engenheiros e também ainda os economistas - planeadores do território e suas actividades económicas... - quem falava da concepção e do desenho das soluções que iriam inovar, ou remodelar (para melhor), o que já existia: i. e., por exemplo as designadas «realidades pré-existentes», da gíria profissional dos arquitectos.

Realidades que, seguindo o seu método de actuação (a chamada metodologia projectual - que continua a ser, frequentemente, uma disciplina dos primeiros anos de muitos cursos), eram obrigados a conhecer, fazendo por isso vários levantamentos (das situações).

E levantamento é uma outra palavra conotada com várias das profissões acima mencionadas. Só que, para muitos, um levantamento da situação existente, limita-se a ser um desenho...

Nada mais errado, já que nem tudo se exprime, ou traduz facilmente, por desenhos e esquemas. O texto (corrido, normal, descritivo) continua a ser preciso e necessário nas referidas profissões, como nas outras.

E em muitas delas, o levantamento (do existente) - que se resume e apresenta com peças escritas e peças desenhadas - não é senão a especificação de um caso concreto.

Caso(s) concreto(s) que em geral não são excepções (embora possam sempre existir as excepções que confirmam a regra!); ou seja, os casos que por isso integram as visões gerais ou generalistas que se aprendem, por exemplo, nas disciplinas de História: história da arquitectura, história do mobiliário, história do design, história da vida privada, história das ideias, história da filosofia, etc., etc.

Ou seja, todos os etcs. que se quiserem ter, por uma óbvia necessidade metodológica. Sendo que esta se prende, felizmente, com a ampliação (e a pulverização) do Conhecimento, relativamente ao que era, por exemplo, no tempo de Marciano Capella*.

Porém, há que não o esquecer, que em cada «ramo» ou área desse Conhecimento, mais recentemente, quem os separou e os «pulverizou», pode não ter visto ou compreendido que ao separar estava a cortar continuidades lógicas, que sempre tinham existido...

MoyenÂge 002.jpg

 (contra-capa do Dictionnaire du Moyen Âge)

Esquecendo-se que há dentro de nós, vindos de há milhares ou centenas de anos - recebidos formal ou informalmente? - inúmeros dados, informações, desenhos, sons, frases, sentenças, ditados provérbios; mas também há ainda cheiros e sabores recriados, e cujas origens interessam conhecer.

Interessando sobretudo aos criativos, desenhadores do Futuro, para as pôr, ou repôr**, ao serviço das suas variadas actividades e profissões: Novas profissões que estão a nascer em cada dia que passa...  

 ~~~~~~~~~~~~~~

* Marciano Capella, no séc. V escreveu De nuptiis Mercurii et Philologiae - uma extraordinária metáfora alusiva aos Conhecimentos que então se deviam reunir (e razão para a designação do Ph.D dos dias de hoje).

**Não esquecendo que algumas «receitas» - em geral bem sucedidas -, como é a de "tradição e modernidade", ou a de "inovar com peças antigas", para se obterem soluções e ambientes com imagens (e sabores) a que se está habituado;

Acontece que estes objectivos concretos exigem bastante subtileza e muito saber. 


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