Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Dez 15
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Sim, pobres coitados que nós todos somos, quando vamos pondo tudo dentro de uma única Caixinha, sem mais hipóteses...?

 

A arquitectura foi muita «coisa», inclusive "Machina memorialis" como tão bem provou Mary Carruthers.

Émile Mâle também colocou exactamente esta questão, embora de outra maneira bem diferente, referindo-se a uma materialização da Bíblia, que ficou concretizada nas formas arquitectónicas.

Quando agora todos nós escrevemos muito menos - o que desde as nossas 1ªs classes (i. e., desde os 6-8 anos de idade) sempre foi um modo de memorizar; quando agora retiramos da frente (dos olhos) muitas das coisas de que nos devíamos lembrar, e portanto se aplica o "Longe da Vista: longe do Coração!"...

Sim, com estas técnicas nossas contemporâneas de tudo ir desmaterializando - e apetecia meter aqui, agora, a Quilha da Arca de Noé...* - deste modo, é verdade que está tudo dentro de uma única caixinha (arrumadíssimo é verdade), a qual, se nos falhar, também nos leva tudo!

Memórias? Cadê? Psssssss...,

Evaporaram-se!

E o que podem ter a ver as Neurociencias, "avec:

L’évolution de nos bureaux"?

Depois, e como prova de que o ensino (e a memória) sempre precisou de imagens e diferentes «materiais didácticos», o link acima levou-nos a produções de outros autores (que não nossas), ajudando a pensar no que se anda a fazer. Neste mundo novo que andamos a desenhar/criar:

Assim, claro que esta é uma questão de Design..., e da Memória

~~~~~~~~~~~~~~

*Vinha mesmo a propósito este assunto, que é aliás bem divertido:

Já que Maria João Baptista Neto ficou muito zangada por termos aludido a essa machina memorialis (ou metáfora - a dita Quilha) na nossa tese sobre Monserrate, tendo chegado ao ponto de «nos corrigir». Ora quem ler James Murphy e o Restauro do Mosteiro de Santa Maria da Vitória no Século XIX, da autoria de Maria João Baptista Neto, Editorial Estampa, Lisboa, 1997, lá encontrará, nas pp. 26 e 38, a referência a essa Quilha. E, acontece que a mesma já foi objecto de estudos (só) um pouco mais eruditos do que os de Maria João Baptista Neto. Aqui, não desfazendo, claro! Até porque aprendemos imenso com essa Professora (que fez um transporte de informações, em minha opinião fabuloso, e do qual, agora, estará arrependida?), e apenas o IADE, entre «outros», quer continuar a esconder este facto!


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