... e sua ICONOGRAFIA TRADICIONAL
Não é que sejamos monotemáticos, obsessivos, ...
Mas, o que é verdade é que vale a pena ensinar a ver aquilo que as pessoas não têm visto. E que a nós nos fascina!
O mesmo fascínio que resulta sempre que as obras são entendidas. Claro que as obras têm sempre múltiplas leituras como Umberto Eco explicou. Porém, quando entramos no âmago de alguma dessas leituras - ou alguém nos faz perceber o programa iconográfico subjacente - é normal sentir «uma certa alegria», um vislumbre (luz) que a explicação nos traz/trouxe.
Esta exposição faz-nos também lembrar as Sete Saias das mulheres da Nazaré, em que uma dessas saias teria que ter quadrados numa barra inferior (semelhante à blusa da primeira fotografia*).
Sim, sim é a mesma iconografia, ou a sua raiz e formas derivadas! Porque, ... afinal a tal obsessão existe, mas é de outros. O que fazemos é detectá-la
E entendido isto, é impossível não sair maravilhado de uma exposição como esta (já referida em http://primaluce.blogs.sapo.pt/sobre-o-meu-melhor-amigo-e-sua-334055).
Ainda bem, pois é para isso que servem as exposições: acrescentar cultura e informação, darem-nos a alegria de poder desfrutar da dádiva
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*Todas as fotos têm reflexos e podem estar um pouco desfocadas, como é normal em situações deste tipo. Particularmente, a última imagem - escolhida aliás para o cartaz de divulgação - é uma óptima prova da presença da Iconografia Tradicional (antiquíssima de origem religiosa) nas referidas blusas da Roménia.
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