Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
28
Nov 15
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... e absolutamente de acordo:

 

Sendo que ao Ensino Superior, cabe um papel da máxima importância para que essa cultura exista e se desenvolva. Cultura que também precisa de honestidade, como aqui defendemos desde 2010

Depois, porque «os» vemos a entrar e a saír de um dos mais bonitos Palácios do país, é bom que possamos gozar algumas das imagens fantásticas dos seus interiores:

007-080729-PR-0147.jpg

Perspectivas cuja beleza fica aqui retratada

Capela do Palácio de Belém

Acima Capela do Palácio de Belém, onde nas paredes estão 8 quadros de Paula Rêgo.

A que se acrescenta o tecto claramente 'Régalien' de uma das salas (são todos, mas o da imagem seguinte é um dos mais expressivos).

Usa-se o termo em francês (em português seria talvez Regalista?) para aludir a uma prorrogativa que era do rei e dos nobres. Usar distintivos - como insígnias - que falavam por si e pelas suas condições: o Direito Divino que sustentava essas mesmas prorrogativas.

Os tectos que por dentro são vistos, ornamentados e chamados, vulgarmente, de masseira, tampa de caixão ou arca (tumular, e até há quem fale de urna), por fora em geral são vistos, e designados, como Telhados de Tesouro*, que aliás se vêem, claramente, com toda a sua distinção, nas imagens exteriores do Palácio de Belém   

Tecto com Bâtons Rompus (PR)

(clic para legenda - e repare que já mencionámos este tecto A propósito de Monserrate**).

~~~~~~~~~~~~~~~~

*Já explicámos porque usamos a designação Telhado de Tesouro (e não "de tesoura")

**Ver em Monserrate uma nova história, Livros Horizonte, Lisboa 2008, p. 275

Desde já agradecendo à Presidência da República o fotógrafo e as fotografias extraordinárias que assim se podem gozar

Completamente de acordo


26
Nov 15
publicado por primaluce, às 12:00link do post | comentar

e portanto também burros, felizmente.

 

Aos pobres dos burros ficou ligada, e perdura (infelizmente), a chamada burrice asinina!

DYI-do it yourself-2.jpg

E hoje, a menos de 1 Mês do Natal, sugerimos que inventem brinquedos - é o que fazemos - para as Crianças da família: gostam mais, e é uma forma de exercício criativo


24
Nov 15
publicado por primaluce, às 13:00link do post | comentar

Valerá a pena, ainda hoje, relacionar a Arquitectura (antiga) com a Teologia?

Valerá a pena querer ir mais longe do que aquilo que normalmente se ensina nas escolas: mesmo naquelas que se dizem de Ensino Superior?
Valerá a pena defender que é preciso dar conteúdos científicos – e não apenas aulas práticas... (???) – no Ensino Superior Artístico? Sobretudo quando o que se ensina no Secundário é mesmo «poucochinho»: sendo esse pouco a espinha dorsal da imensa informação (boa ou não) que actualmente se pode recolher em qualquer sítio.

Informação que depois se vai arrumar em função daquilo que o Ensino Secundário permitiu aprender... E saberão, os que aqui vêm ler (i. e., um certo sr.), que o mais importante não é o que se conhece, mas como se sistematizam os conhecimentos?

 

Enfim, depois das perguntas o excerto que não nos surpreendeu**, quando há uns dias o encontrámos (em português, edição Aletheia):

“Nobody can understand the greatness of the thirteenth century, who does not realise that it was a great growth of new things produced by a living thing. In that sense it was really bolder and freer than what we call the Renaissance, which was a resurrection of old things discovered in a dead thing. In that sense medievalism was not a Renascence, but rather a Nascence. It did not model its temples upon the tombs, or call up dead gods from Hades. It made an architecture as new as modern engineering; indeed it still remains the most modern architecture. Only it was followed at the Renaissance by a more antiquated architecture.
In that sense the Renaissance might be called the Relapse. Whatever may be said of the Gothic and the Gospel according to St. Thomas, they were not a Relapse. It was a new thrust like the titanic thrust of Gothic engineering; and its strength was in a God who makes all things new.

In a word, St. Thomas was making Christendom more Christian in making it more Aristotelian…”

Excerto vindo de: http://gutenberg.net.au/ebooks01/0100331.txt

Claro que a grandeza do século XIII a que Chesterton se refere, é ainda hoje visível, em vários (todos...?) países da Europa. Numa Arquitectura, que, com frequência, tem expressões regionais diferentes, marcadas por expressões religiosas (nuances - postas em ornamentos falantes) também diferentes.

Há muito (em quantidade e doses de informação) que é essencial compreender, e aqui as elites (se o são?), têm um papel fundamental: Os meios de comunicação irão talvez reencontrar o seu papel junto de um público que está sempre ávido, seja de notícias, seja do conhecimento da sua própria cultura?

Embora muitas vezes lhe dêem apenas literatura romanceada, romances históricos e best sellers tão empolgantes quanto desviantes daquilo que parece*** mais importante ser conhecido e apreendido.

~~~~~~~~~~~~~~

*Neste caso G. K. Chesterton - um autor que desconhecíamos. Mas, ao que parece, este fenómeno é amplo, pois apesar de Chesterton ter dado sequência a autores como Ruskin, vários reclamam que tem sido esquecido. Ora a modernidade e a clarividência com que escreveu, por exemplo a comparar S. Francisco e S. Tomás, deviam levar a uma maior difusão da sua obra, a uma vontade de o conhecer. Porque através dele chega-se mais atrás, a uma parte da história das religiões, que, mais do que nunca (parece-nos?) daria jeito conhecer.  

**Já que foi «isto» que fomos encontrando ao longo das nossas investigações; as de um doutoramento que, em 2008 - enquanto alguns se apoderavam das carreiras dos docentes mais antigos de uma certa escola - no nosso caso, estávamos verdadeiramente fascinados com aquilo que se estava a encontrar. Não tanto ao nível das ideias gerais (como as de um Émile Mâle), mas ao nível dos exemplos concretos com que nos íamos deparando. E como Chesterton explica e descreve sobre a Filosofia de S. Tomás: "os sentidos não enganam", também nós, ao interligar tudo isto, ainda não tivemos a percepção de estar a ser enganado pelos sentidos...

***Francamente é o nosso «parecer». E temos dado muitos mais


21
Nov 15
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Vejamos então:

 

De 2008 a 2012, quando já nos tínhamos apercebido, definitivamente, que estava nas nossas mãos - estando a estudá-lo - o Tratado de Teologia que tinha desenhado a arquitectura Gótica; nesse período Fernando António Baptista Pereira, entre outras ideias ou as frases com que nos respondia, várias vezes nos colocou a questão da exigência de haver um «segundo plano», uma alternativa (?) ou um Plano B como lhe ia chamando:

"Onde está o seu plano B?"

Não lhe terá ocorrido, supõe-se, que naturalmente para um orientando, esses planos "A" ou "B" se concentravam ou convergiam, unicamente, na pessoa do orientador? Não lhe ocorrendo..., ou não se lembrando, que o nosso plano de trabalho teve 90 pp., e se apresentou sempre como algo que à partida era ambicioso e pretendia romper com várias ideias demasiado estabelecidas (e erróneas) da História da Arte?

E não se pense que  - maquiavelicamente, tivéssemos planeado desde logo - ou desde o início se tivesse decidido que iria ser necessário «guerrear» os comportamentos e as tomadas de Poder que simultaneamente começaram a acontecer no IADE. Sobretudo porque começaram logo em Outubro de 2008, exactamente no período em que também estivemos hiper-absorvidos e mergulhados nos meandros, extraordinariamente fascinantes do nosso trabalho de investigação.

Isto é, já se admitia - há que o dizer com toda a clareza nós já o admitíamos - que tal como na Fac. de Letras da UL, depois de tanto espalhafato "em torno da Origens do Gótico" e de terem querido silenciar a nossa resposta/solução para o Enigma que os alimentava (e nos colocaram); já se admitia, sim, mas com imensa incerteza, que o Professor Fernando António Baptista Pereira fosse na linha de Vítor Serrão!?

E assim sendo, admitimo-lo, então talvez o obstáculo passasse a ser o IADE? Tanto mais que, e pertencendo nós à instituição, nessa altura já há bem mais de 30 anos, cada vez mais estávamos a ser tratados (lá dentro) como se não nos conhecessem de nenhum lugar, qual intrusa, ou como se tivéssemos acabado de chegar, e sem quaisquer direitos?

Estava-se a poder a observar - e a ver - que na sua direcção, essa sim crescentemente «maquiavélica», nos iam dizendo que o nosso tempo era absolutamente necessário para dar aulas. Razão pela qual, apesar de termos tido um ano lectivo inteiro (2003-2004), sabático, para poder escrever a tese do mestrado, já não nos poderiam dispensar - mais do que apenas um semestre lectivo - para ordenar e escrever a tese de um doutoramento que, como se reconhecia e sabia antecipadamente, iria ser uma tarefa muito mais trabalhosa*.

De tudo isto, e hoje com outros matizes (porque muitos são possíveis), agora escolhemos mais uma imagem que nos lembra os primeiros tempos no IADE, o tipo de grafismos que nos anos 70 ainda se podiam ver em cima dos estiradores dos alunos. 

Tapeçaria Nery

Clic para legenda: numa imagem que nos lembra os tectos das catedrais - que em vez de mandorlas místicas tinham losangos para a contemplatio. Escolha a maior dimensão para ver que cada ponto mínimo da tapeçaria de Portalegre, tem que lembrar o pixel de um écran de computador.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Trabalho que foi planeado numa data em que a Entidade Instituidora (Administração) do IADE gozava de uma certa estabilidade, nada fazendo prever - muito menos conseguir ter a imaginação necessária e suficiente para a realidade que veio a ser; i. e., os desenvolvimentos subsequentes.


17
Nov 15
publicado por primaluce, às 17:00link do post | comentar

Mas acrescenta-se em linhas gerais e sem outros elementos decorativos: que depois seriam colocados em cada obra, conforme aquilo que se pretendesse enfatizar.

2012-03-25 12.19.32-1.jpg

2012-03-25 13.44.38-2.jpg

Chamando a atenção para um novo post de Iconoteologia, onde a «dualidade de Cristo» (segundo Maria João Baptista Neto) era objecto de discussões teológicas na Inglaterra victorian. A mesma Inglaterra que então protagonizava uma revolução industrial, profunda, que iria chegar a quase todo o mundo 


15
Nov 15
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

E estáo à espera...? De...?

Para compreender, por estranhíssimo que vos pareça, que a imagem - nas suas concordâncias geométricas - ajudou a explicitar as concordâncias do Antigo e do Novo Testamento

É que nós todos estamos à espera que os Historiadores de Arte aprendam Geometria?


12
Nov 15
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

...(e) já preconcebidos:

Ou como alguns Profs. do IHA da FLUL se satisfazem com as (suas) ideias estabelecidas - assim sem pesquisar mais nada...?

STOCristo-Outeiro (2).JPG

Não admitindo (eles) que possa haver uma muito maior complexidade atrás/subjacente àquilo que vêem (e do que aquilo que todos têm repetido). Incapazes de romperem o ciclo (circular) de boutades, umas sobre as outras, que todos eles vão produzindo sem a menor originalidade, ou, sobretudo verosimilhança científica.

Assim, associadas à imagem publicada hoje estão várias hipóteses, mais visível nas fotos de maior dimensão:

Vejam as juntas; elas ressaltam, mostrando como houve a intenção - propositada - de alterar o desenho do Portal do Outeiro. I. e., será muito difícil não questionar/admitir que «uma outra verga», com um desenho diferente, esteve antes no portal que a fotografia regista? Esteve por engano, durante quanto tempo, ou porque houve mudanças teológicas?*

Para completar as nossas ideias, vejam como a Iconografia Monserratina nos dá ainda outras informações nada despicientes:

bífore.jpg

Elas correspondem ao mesmo que está na igreja do Outeiro, onde para além da verga «em vão bífore», também assinalámos as várias juntas de um arco que foi, de certeza, modificado.

STOCristo-Outeiro (3).jpg

Porém, como se não bastasse, com a máxima leveza e um espírito totalmente diferente, também no Palácio da Ajuda (ver imagem seguinte), nos aposentos que foram da rainha se encontra o mesmo Ideograma.

Aliás, a dita leveza permite uma sobreposição, ou a visão em simultâneo de dois vãos. O que é, em nossa opinião, e para quem entende «as habilidades da Arte», de uma beleza extraordinária: o conseguir afirmar, como num «programa-extra», aquilo que se espera, e ainda também o totalmente inesperado: ou seja, o que surpreende, o que é impossível não levar a um sorriso, e a uma certa cumplicidade com o autor da ideia... Lindo!**

Vão-Bífore-Pal_Ajuda.2.jpg

 Por fim: se não nos falha a memória e ainda não tínhamos escrito sobre este Ideograma?

Então aqui está ele

http://fotos.sapo.pt/g_azevedocoutinho/fotos/monserratem-todo-experimental/?uid=mqqhqTbs3R0D2CLojL76

Não esquecendo os vãos que alguns chamam «manuelinizantes», da Casa da Carreira de Viana do Castelo. Embora os países cristãos, com arquitectura cristã, que marcou as obras mais emblemáticas  tenham  inúmeras obras onde proliferam os ditos vãos que têm atribuído, abusiva e exclusivamente, a D. Manuel I

~~~~~~~~~~~~~~

*Em breve, em Iconoteologia, um outro exemplo, semelhante, mas nesse caso vindo de Maria João Neto. Mostrando o mesmo: como é mais fácil preguiçar, baralhar e queixar-se, dizendo que é confuso... - «misturas» de teologia com arquitectura - do que tentar compreender! Haja paciência para este Ensino, feito assim: de preguicite...

**Que nos faz perguntar se seria este tipo de beleza que Christopher Alexander buscava? Ou, será que Alexander, apesar da sua vastíssima cultura e reflexões que tem feito a par dos projectos, tem apenas ideias mais «fixistas» sobre a beleza arquitectónica? Enquanto outros autores valorizam sobretudo a geometria e as proporções, Christopher Alexander prefere a integração dos elementos naturais, tal a sua admiração por - The Phenomenon of Life?

http://primaluce.blogs.sapo.pt/9319.html

http://primaluce.blogs.sapo.pt/8769.html


09
Nov 15
publicado por primaluce, às 10:00link do post | comentar

...#hashtags'.

Por isso aqui fica o «hashtag»:

#forumalpha


publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Comparem as imagens seguintes, fazendo um normal esforço de observação:

EntaoNaoEstamos a renovar Portalegre?

Palácio Amarelo em Abril de 2013

Tentem fazer o mesmo esforço que caracteriza a visão dos «artistas» - quando querem copiar um modelo, desenhar à vista, e não apenas fotografar.

E a propósito de esforço, vejam como a mentira nos dá menos trabalho que a ocultação


08
Nov 15
publicado por primaluce, às 19:00link do post | comentar

... a renovar Portalegre?

 

Estamos.A.Renovar.Portalegre.jpg

Só que se dispensa o emblema da cidade, para associações de ideias que não fazem sentido.

Acrescentando-se hoje, sobre os 'Makers' - que os ditos não se limitam a ter Projectos (para um dia longínquo concretizarem) mas Obras feitas. Não esquecendo:

“Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer"!


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