Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Out 15
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Quem nos conhece sabe disto, não o somos: nem Filósofa nem Historiadora, mas..., ‘pera aí, há muita interdisciplinaridade na nossa vida!

 
Depois, se lerem o extraordinário trabalho de Mark Gelernter Sources of Architectural Form, que o publicou em 1995, pela Manchester University Press, por esse livro pode haver quem note o contrário:
Como um arquitecto que não seja uma «maria-vai-com-as-outras», responsável e consciente, quer entender aquilo que anda a fazer (i. e., projectos=design).

Se o quiser fazer de um modo mais alargado, com toda a sua consciência dos objectivos que pretende atingir (consciência palavra que é composta de com+ciência, ou o Saber), nesses casos o dito arquitecto é um, como que verdadeiro filósofo.

Ou, um Amigo do Saber, como são tratados os Filósofos por Marie-Françoise Baslez em Bible et Histoire.

Reorganiza.jpg

Tudo isto vem a propósito da imagem acima, a página de um jornal, até porque, não se falou de outra coisa: mas será que esse falar foi condenação? Será que foi um bom sinal? Alguém tentou reter e não esquecer?
Mais, nestes raciocínios que vamos fazendo com apoio a analogias, usando metáforas (ou imagens) também fica muito mais fácil mostrar, como também o ensino não pode andar a poluir: no verdadeiro sentido da palavra.
Devendo ser verificado (inspeccionado) pelas entidades competentes, em vez de serem deixadas à solta gentes que não têm valores e apenas visam o lucro.
Que bom seria poder assistir a mudanças verdadeiras, de fundo, antes de nos reformarmos: a nossa sorte é que falta imenso tempo!

Mas, por outro lado, claro que colocar esta questão pode ser – é o que parece - um excesso de optimismo nosso. O de quem (coerentemente) sempre quis e tudo fez para colocar filtros que limpassem a sujidade que via surgir ao seu lado.

De quem sempre pugnou pela qualidade, de quem entrou no Ensino (só depois «Superior») para fazer vingar e alertar para o Conforto e a limpeza dos Ambientes Interiores*: No entanto, como se poderão criar ambientes interiores limpos, quando é possível deitar todo o tipo de sujidades para a atmosfera exterior? E depois, será que se fazem testes e controlos da qualidade do ar, que temos para respirar nos espaços interiores? O qual tem a sujidade exterior e ainda mais todo o CO2, poeiras, cheiros..., que dentro desses espaços são também produzidos?
Enfim, já houve tempo em que ensinámos isto; em que esta imensa disciplina (hoje área cientifica) chamada Arquitectura, que é também uma língua ("saussuriana" que aprendemos no Largo da Biblioteca Pública de Lisboa), era mesmo ambiciosa e abrangente: a tocar em imensos aspectos da vida, sendo muito pouco restrita ou especifica...
Mas de tantas aprendizagens a que fomos forçados – já que precisavam da nossa máxima competência, de todas as transversalidades e interdisciplinaridades (entre Saberes)** – enfim, eles lá conseguiram que até a história e um panorama geral-mínimo das ideias filosóficas (aprendido em várias e insistentes leituras de Jacqueline Russ), por fim entrasse, e assim ficasse também alguma coisinha, na nossa mente.
Hoje é utilíssimo, e claro que aqui para nós que ninguém vem ler, também ninguém nos tira a ideia de que o nosso doutoramento não se concretizou porque um certo Reitor (tal a sua imensa «Quantidade de Informação») temeu por um excesso de habilitações nossas***. Assim, entre vertigens e as imensas confusões geradas pela Faculdade de Letras, tudo isso lhe deu um jeitão.
Em conclusão: também a nós deu, mas exactamente pelas razões opostas. Já que, é melhor ter um mestradozinho que é visto como um doutoramento, do que tantos graus e mais graus, todos eles agregados (num só «conceito», e portanto em desagregação), porque todos artificiais.

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*Para dar sequência ao trabalho de António Lobato Faria e Miguel Azevedo Coutinho fomos convidados – primeiro de tudo – para ensinar Higiene e Conforto nos Ambientes Interiores.
**É engraçado demais perceber/quantificar as disciplinas diferentes que nos foi exigido que ensinássemos no IADE, desde que em 76 passámos a integrar os quadros da instituição. E sendo esta de Ensino Secundário achavam eles que uma arquitecta-projectista tinha que saber ensinar tudo. Por mais diferente que fosse... (mas também nos deu imenso jeito, até porque havia antecedentes - o exemplo de António Lobato Faria)

***Não apenas em titulo como as do «tal Reitor», mas reais e de quem tem os pés na terra, ao saber o que são as verdadeiras Luzes:

I. e., como ninguém se ilustra por se embrulhar em papel de lustro:

Por mais brilhante que seja;

Depois, para ler e perceber como tudo está ligado:

Que poluir o Ar ou as Mentes é igualmente Crime!


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