Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Mar 15
publicado por primaluce, às 13:00link do post | comentar

Como se pode confirmar as Faculdades de Letras - de Lisboa e do Porto - estão a deixar sair gota-a-gota aquilo que descobrimos ao estudar Monserrate:

 

De Lisboa (FLUL), num estudo de 2014 é feita uma referência logo na Introdução (ver página 13) com o objectivo de mostrar que a autora - Vera Ribeiro - está a dar continuidade a algo que alguém (nós) pela primeira vez já evidenciou

Num outro caso:

Do Porto (FLUP), nos estudos da Leonor Botelho (pode-se encontrar uma referência ao nosso trabalho na p. 115), mas neste caso com muita habilidade, usa-se uma frase razoavelmente  «obscura». É que assim, cheio de ambiguidade consegue-se mencionar o nosso trabalho - que se tornou em Portugal, para quem estuda e já o conhece, uma obra que não pode deixar de ser mencionada (INCONTORNÁVEL sob pena de cientificamente poder ser acusado de falta de informação) relativamente ao Conhecimento do Estilo Gótico. Mas depois..., enfim, culpa-se a metodologia**, dizendo que o contributo científico está num 'case study', ou também escondido, 'et pour cause'----------» É tratado como se não existisse ! 

E assim se vê como de facto a Verdadeira Ciência em Portugal tem que ser feita sem apoio e às escondidas, ao contrário daquilo que a FCT propõe e preconiza.

Deste modo e concomitante, em Lisboa, noutra zona da Cidade, mais precisamente em Santos - onde não se fazem milagres, bem pelo contrário... - do IADE não há nada para citar (sim não há sequer um um linkzinho alusivo aos nossos estudos)  porque continuam a tudo fazer para ignorar o nosso trabalho e os seus contributos científicos. Como tal, que o saibamos (?) ninguém escreveu sobre o mesmo, a não ser um Senhor Professor que achou bem ir descarregar o que chamamos «lixo» no exemplar do nosso livro que está na biblioteca. 

E no IADE - ao contrário dos Google Books - tudo se continua a fazer para desconhecer o nosso trabalho, o que aliás lhe fica bem e é consonante com o valor do mesmo: da grande utilidade inclusive na área das Neurociências para ajudar a compreender o Pensamento Visual e a maneira como este interfere no Pensamento (entendido como global).

Ou seja, naquele em que alternadamente há um apoio mais nas imagens para conseguir pensar, ou, em alternativa, mais nas palavras. O que dentro das mentes (menos imaginativas) pode corresponder a modos de pensar - ora mais abstractos (por serem apoiados nos fonemas da língua), ora mais reais por se apoiarem em imagens, que, poderiam estar estampadas na frente (e à vista) de quem pensa, ou apenas interiorizadas, na «massa cinzenta» da sua mente.

Acontece que, de situações como a nossa a história está repleta. E as dificuldades que nos foram colocadas, em geral, como sempre terá acontecido, viraram-se mais tarde contra quem as colocou:

Estamos nesse tempo, em que se tornam evidentes os estragos que as pobres mentes, herméticas (como as melhores caixas de polietileno elas são super-estanques) causam a si mesmas: ao serem incapazes de valorizar e gerir «a força do trabalho». Neste caso a força inteligente que é o pensamento em acção, que têm sob a sua alçada e põem de lado, ou expulsam da Unidade de investigação, etc, etc... Esquecendo o capital Conhecimento, e como este - de enorme valor - é criador de riqueza, mas também de competitividade, até a nível internacional.

Esquecendo ainda, ou não o sabendo - o que é pior e revelador de uma enorme insensibilidade - como algumas das melhores universidades do mundo gostariam de ter um tema que é absolutamente inovador; e não apenas numa única área científica, restrita, mas em toda a sua amplitude. Tema que se pode investigar, explorar e difundir - por ser transversal a uma série de disciplinas: incluindo as Neurociências de que acima se escreveu. 

Ou ainda diversos Conhecimentos de génese antiquíssima que as Ciências de hoje trataram de disseminar por campos científicos ----» quase opostos; apesar de autores como George Kubler (em 1962) ou Laurent Gervereau (hoje), tanto se terem esforçado/ou esforçarem ainda agora pela sua clarificação e sistematização científica. Embora, como aconteceu frequentemente ao longo dos séculos, num dado momento (em que ainda não se atingiram outras informações), o Saber possa ter estado organizado e, aparentemente bem distribuído por diferentes Áreas Científicas***.  

NEWSLETTER_AAM_Nº2_1996

Newsletter da Associação Amigos de Monserrate, nº 2 de 1996.

A Monserrate, por simples amor/amizade a um monumento que estava cada vez mais degradado, sem o merecer, nós demos anos de estudo e de dedicação que a partir de 2002 foram compensados com sucessivas e inesperadas descobertas feitas na Faculdade de Letras da UL. Hoje - porque se pode ler em alguns artigos**** - sabemos que esse tipo de descobertas faz todo o sentido ser feito a partir de obras victorian: Visto que essas edificações foram «recheadas» e integravam os mais variados elementos que, a Arqueologia e os diferentes investigadores estavam a recolher «no terreno». Isto é, nalguns dos melhores e mais bem conservados edifícios e monumentos antigos: como fez Owen Jones relativamente ao Alhambra de Granada, e outras obras produzindo, com Jules Goury, a que é uma das melhores fontes iconológicas (estando esta inclusivamente ordenada por diferentes iconografias).    

Por fim ter que concluir - não apenas neste post mas como em tantos outros que já escrevemos - que Orientadores, Professores e os mais altos responsáveis de várias instituições de Ensino Superior, seja qual for o seu estatuto, não estão disponíveis para reconhecer evidências; ou, não estão disponíveis para criar riqueza, abrindo caminho à inovação, e a conhecimentos preciosos que só raramente surgem, porque isso afecta as bases em que se reconhecem assentes, é uma tristíssima conclusão. Elucidativa da pobreza da nossa sociedade: 

É a prova de uma sociedade fraca, cujos valores devem ser implementados como as instâncias internacionais bem diagnosticam para que assim se ampliem e espalhem

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Razão porque frequentemente não apoiam, como lhes compete, os trabalhos dos seus orientandos.

**No doutoramento que o IADE tudo fez para boicotar, neste caso o método seria ir direito ao assunto, e portanto diferente do que aconteceu no Mestrado. Só que, grande azar (!), de novo encontrámos muito mais do que aquilo que era o centro dos nossos objectivos; mas também encontrámos muito mais do que os SENHORES PROFESSORES DOUTORES «suportam» que os seus orientandos encontrem...

Aliás, aquilo que é útil para a Ciência de um país, e desejável em qualquer investigação, pode ser, exactamente, aquilo que eles mais abominam! E assim, falhámos de novo o «seu Querido, Piroso e Amado Método» atrás do qual se refugiam todos os Académicos Medíocres. Falhámos exactamente por a priori nós não termos o Método (mas eles também não têm essa varinha mágica!) que nos tornasse capazes de lidar com o desconhecido e o inesperado: o designado paradoxo científico, que é a surpresa de nos depararmos com processos e conhecimentos que não se sabia que existiram! E assim, aquilo que para os verdadeiros investigadores é um achado e um bem precioso, para os Académicos Medíocres é o receio de serem destronados dos seus (fracos) poderes: poderes que não se compadecem  - com falhas de informação graves, e de capacidade para conseguir articular diferentes saberes. Aliás, os melhores Académicos, os mais completos e os não medíocres, sabem que o seu trunfo é o domínio da complexidade: o estar apto para ir esboçando (mesmo que não definindo completamente, ou para sempre, como nas tentativas de Kubler e Gervereau que já a seguir se referem) novos caminhos de sistematização.  

***Sobre os esforços do reputadíssimo George Kubler ver The Shape of Time - por exemplo na tradução portuguesa A Forma do Tempo, Observações sobre a História dos Objectos, da Vega, Lisboa 1998. Sobre as organizações, clarificações e vias de sistematização relativas às funções das imagens - não apenas na ARTE - ver na obra mais recente de Laurent Gervereau, por exemplo - Dictionnaire mondial des images. Ou um seu trabalho muito divulgado que é hoje considerado uma introdução básica (para designers) sobre as funções das imagens: Ver, Compreender, Analisar as Imagens, Guia para uma análise iconográfica,... Edições 70, Lisboa, Fevereiro 2007. Ver: http://primaluce.blogs.sapo.pt/por-uma-nova-etica-201300; http://primaluce.blogs.sapo.pt/167529.html; http://primaluce.blogs.sapo.pt/129511.html; http://www.gervereau.com/reactions.php.

****Como se pode ler num artigo de Carol A. Hrvol Flores - Engaging the Mind's Eye: The Use of Inscriptions in the Architecture of Owen Jones and A. W. N. Pugin, publicado em 2001 pelo The Journal of the Society of Architectural Historians, Vol. 60, No. 2, pp. 158-179, by Society of Architectural Historians.

E porque não há Arte sem Ciência - que tem que ser vista no seu próprio tempo - claro que o nosso doutoramento seria em Ciências da Arte

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/

Depois:

Pelo que se tem escrito, não admira que haja obras legiveis: de alto a baixo

 


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