Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Mar 15
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... e o que isso implica

 

Não pode ser mais diferente aquilo que é a experiência de um Historiador da Arte, da experiência de formação, e de vida, de um Arquitecto. Por exemplo alguém com décadas de ensino numa escola de Design, e ou ainda, a sua própria experiência profissional (acumulada) enquanto projectista.

Parece-nos que não é comparável, mas há quem queira comparar para estabelecer níveis, de altos e baixos, como quem faz um podium - todo ele às escadinhas - para umas quaisquer Olimpíadas.

É tristezinho, mas é este o retrato da sociedade portuguesa. Por isso deixá-los, que sejam felicíssimos*: já que nós, com a(s) nossa(s) experiência(s) nos temos podido deliciar (e thanks god, sem partis pris ou com quaisquer outras dores causadas pelo bem ou pelos bens alheios!**). Verdadeiramente deliciamo-nos com o que de mais belo a natureza, talvez Deus (?), ou os homens e as mulheres mais inspirados por ele e pelo seu Espírito, têm conseguido produzir.

Em suma, muitas das preciosidades que nos têm sido dadas a gozar, visualmente, ao longo da vida, essas obras podem ser explicadas pela História da Arte, pela Filosofia, pelas ideias de cada época (IDEOLOGIAS, ou pela Teologia); idem pela Ciência do Desenho (e das formas que é a Geometria), e com estes conhecimentos podem assim ser melhor compreendidas.

Mas, a enorme diferença que tudo isso implica, é que ao Arquitecto e ao Designer essas obras chegaram primeiro como imagens: como luz, como cor, como sombra, desenho, cenário, contexto, ambiente envolvente, textura, reflexo... , etc., etc., etc. Tudo, mais do que muito real: sobretudo material e palpável!

Já aos Historiadores de Arte - talvez porque à partida esses sejam muito mais especulativos e capazes de tratarem o abstracto (?), tornando-o concreto pela sua própria imaginação (vejam que bom!); já a esses as Obras de Arte tocam-nos de uma maneira que é muito menos real, e de certeza muito mais intelectual.

Parece-nos? Não pode ser, ou dever ter sido, de outra maneira?

Assim, por tudo isto chegamos ao título do post de hoje, e às primeiras linhas daquilo que se escreveu: são enormes as diferenças entre projectistas e historiadores de arte (ou críticos). Portanto, comparações entre os níveis profissionais atingidos por uns e outros são absolutamente ridículas, e uns outros deveriam estar felizes, cada um por ter sabido escolher a (sua) melhor parte!

Ou, será que depois de muito deste blablabla, e mais ainda imensos outros blablablas há por aqui ainda alguém (ou serão muitos?) que ache que não fez, lá atrás, a que deveria ter sido a sua melhor escolha, a mais cuidada? E porque não a fez, passou a invejar a escolha dos outros? 

E os que são «invejados» terão culpa de que outros não tivessem sabido aprender? Sabido conhecer, ou aprendido a caminhar na vida, e a relacionarem-se com a beleza, com a cultura com o conhecimento? Terão estes culpa de que os outros não tenham sabido ser curiosos? sabido ser atentos ou «abertos» à vida: em todas as suas dimensões e vertentes? Os «invejados» poderão ter culpa de que os outros não tenham sabido ser simples, verdadeiros ou genuínos?

Por nós - ou mais, por mim... - não é com altivez, nem com arrogância: ou opulência, ou outras qualidades dos que são «muito grandes», que se atinge o conhecimento e o domínio do que é mais rico e muito simples! ... Mas isto somos nós que sempre fomos atraídos pela enorme simplicidade de quase tudo o que é bom, o que caracteriza aquilo que é básico, inicial, ou esboço e potência de alguma coisa...  

E nesta simplicidade é que agora propomos aos que querem conhecer os Estilos Artísticos que avancem com passos minúsculos:  a estudar detalhes por quem os tem compilado e analisado.

Não pelos grandes tratados - abstractos e sem imagens - que nos fazem perder em textos muito eloquentes, mas que não facilitam o acesso ao reconhecimento das mais simples das formas.

Porque a Arte - e insistimos nesta ideia (que é só a nossa opinião, e não vale mais do que isso...) - ela é muito mais material do que intelectual.

georgian details.jpg

 (clic para legenda)

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*Claro que estamos a escrever de pessoas muito felizes, cujo objectivo e o verdadeiro fim dessas pessoas - para quem as comparações e os níveis, ou rankings são essenciais; no tal fim elas não querem ter parceiros, pessoas iguais e companheiros - com quem estejam em pé de igualdade... Mas querem auto-posicionarem-se no cimo dos cimos: olharem para baixo, e de lá do alto poderem dizer que todos os outros estão poucos milímetros acima do chão: i. e., 4-5 mm como são os capachos de limpar os pés.

**Porque aquilo que é o bem dos outros, não nos faz infelizes. E no singular, mais íntimo, achamos óptimo que cada um tenha verdadeiros e imensos êxitos, a que não liga; ou que, bem pelo contrário, lhe são essenciais para encher o ego? Interrogativamente, já que não sabemos, pois todos somos diferentes... 

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