Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
31
Out 13
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... e a obra de Sintra.

 

Feita depois de 3 de Nov. de 1838 (há 175 anos), quando arrematou o antigo Conventinho da Pena e seus pertences. 

Vamos escrever sobre a colecção de formas (algumas muito significantes) que decidiu integrar na nova residência de férias, para a família real.

Havendo que acrescentar, a propósito, e sobre o excesso de qualidade que alguns consideram ter havido no nosso trabalho dedicado a Monserrate, que é essa a nossa forma de trabalhar: resultante do prazer, e entusiasmo, com que as obras são compreendidas.

Porém, parece que esse «excesso de qualidade» incomoda... Será?

Pois então... talvez seja ainda mais ampliada?

Porque:

É impossível não exultar (porque não?) quando uma investigação, ou apenas mais um passo exploratório, é muito bem sucedido!

http://www.parquesdesintra.pt/index.aspx?redir=1&p=projectDefault&MenuId=48&Menu3Id=48&Menu2Id=44&Menu1Id=4

http://primaluce.blogs.sapo.pt/94372.html


27
Out 13
publicado por primaluce, às 09:30link do post | comentar

...Ensinar? Dar guerra à ignorância, e aos seus soldados militantes e obedientes?

 

A planta seguinte mostra como quando se usa a expressão «aqui ao lado», estamos a pensar, e a referirmo-nos, em Iconoteologia: um espaço museológico que merece e pode ser visitado, assiduamente*; pois fica/está sempre pertíssimo: aqui mesmo ao lado.

(clic para legenda) 

De notar ainda que, para além da altimetria dos edifícios - não incluída na planta - como é normal também a orientação Norte-Sul, foi especialmente estudada**.

Garantindo-se assim, não apenas que este seja um conjunto extremamente luminoso, beneficiado pela radiação solar, mas também que ao fim do dia todos os convivas possam usufruir do esplendor da paisagem em que estão inseridos. 

Senão repare-se no ritmo de fenestração, mas também no tratamento das paredes, em particular do espaço elíptico - que é memória de Kepler, e dos nichos do Corridor de Monserrate. Aí, vindas de Noroeste, as últimas luzes do dia são as primeiras de tom dourado, em especial neste início de Outono. 

Templo ou Palácio? Para nós é um espaço palatino, de domus, mas enfim, isso pouco interessa ...

Já que a guerra à ignorância não se faz a partir de bunkers***!

~~~~~~~~~~~~~~~~

*http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/

**Na imagem, na vertical, o Norte está acima

***Como D. Fernando de Saxe-Coburgo Gotha, o "Rei-Artista" começou a ensinar a partir de 1835. E mais ainda, depois de 3 de Nov. de 1838 (há 175 anos), quando arrematou o antigo Conventinho da Pena e seus pertences.   

A guerra à ignorância faz-se a conhecer novidades, como o repensar da historiografia da arquitectura, que é urgente introduzir em Portugal:

http://www.bookdepository.co.uk/Rethinking-Architectural-Historiography-Dana-Arnold/9780415360852

http://adri.mdx.ac.uk.contentcurator.net/arnold-prof-dana


25
Out 13
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Em Close, Closer deixámos resposta a algumas perguntas que a Trienal de Arquitectura entendeu formular, para serem respondidas por quem lá passa, num site apropriado*.

Se as perguntas são boas e pertinentes (achamos), já as respostas vão «vagueando»: há de tudo. E há - são a maioria - respostas que, propositadamente, são dadas ao lado; para serem desconcertantes e provocadoras.

Isto não tem nada de surpreendente, é habitual: muitas pessoas ao serem questionadas, a sério, e confrontadas com questões que implicam respostas também sérias, porque obrigam a pensar elas preferem disfarçar: desconcertar, assobiar para o lado... Tentam deslocar a questão, como é frequente fazer-se, várias vezes, ao longo da vida: típico da adolescência (e também de outras idades).

Porém, pensa-se que vale a pena divulgar aquilo (que a nós nos parece) que a Arquitectura foi? Sobretudo num tempo em que, como hoje, o seu sentido antigo está cada vez mais esquecido...**

Ainda acreditamos que é importante tentar explicar, como ao longo da história a ARQUITECTURA foi sempre muito mais do que construção. Ou, dito de outra maneira, e agora decompondo a palavra, percebemos que ela é a soma de ARQUI + TECTURA. 

Em que ARQUI - era usado para significar aquilo que é mais, superior e principal; e TECTURA - era empregue para designar uma construção que cobre: aquilo que dá tecto.

Assim, talvez se possa deduzir que A ARQUITECTURA = A CONSTRUÇÃO PRINCIPAL***.

O que de imediato pode originar - na cabeça de alguns, mais vivos - uma outra pergunta:

Na Cidade, nos aglomerados urbanos em que tantas vezes as edificações estão agregadas e muito próximas umas das outras, como se distinguia A EDIFICAÇÃO PRINCIPAL? Aquela que inclusivamente tinha a ver com o Governo da Cidade, a ponto de ter originado a palavra EDIL?

Ficam as perguntas, e entretanto sugere-se que olhem para obras simples e muito básicas, como também os pássaros as «sabem construir»:

http://endofarchitecture.com/2013/02/17/on-nests/

A perplexidade e admiração de todos nós é imediata, porque as imagens fazem pensar que se trata (mesmo) de Arquitectura!? Mas será? 

É esta a palavra certa a usar? Uma designação que inclui o que parece ser um "design inato": o modo conhecido por uma espécie - desde quando? - para fabricar a sua casa e a envolvente mais próxima. Que, claramente, é uma envolvente exterior ao corpo, fazendo assim o ninho?

(para ler sobre as linguagens apostas nas edificações, clic sobre a imagem)   

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*http://www.close-closer.com/pt

**Em breve, em Iconoteologia mostraremos um arco que - como nós defendemos (e por enquanto não sabemos de outros que pensem o mesmo...) -  surgiu depois de S. Tomás de Aquino e suas abordagens (neo)aristotélicas.  

***Nós deduzimos. Porque, claramente, a Arquitectura foi uma língua. Um conceito que actualmente está esquecido e é preciso recordar.


19
Out 13
publicado por primaluce, às 11:30link do post | comentar

Como se escrever em blogs, ou fazer trabalho voluntário e gratuito, com toda a liberdade, e a máxima correcção - num tempo em que a transmissão de conhecimentos está pulverizada e se faz das mais variadas maneiras (mas nem sempre com a qualidade que seria suposta) - pudesse ser bloqueado... 

Ou ainda, como se as actividades executadas com carácter informal não fossem passíveis de, eventualmente, serem muito mais valiosas, e até mais qualificadas, do que inúmeras outras actividades e serviços prestados formalmente: tantas vezes por profissionais menorizados, desmotivados, frustrados e (ainda mais, sabe-se lá...) achincalhados?

De que serve coibir as pessoas de pensarem, trabalharem ou colaborarem com outros? De que serve - ou vale a pena, «logo à cabeça»... - esconder o trabalho dos colaboradores, a pretexto de que vale tudo? Ou que tem valor demasiado grande?

Por nós sabemos quanto é viciante trabalhar com prazer e com gosto: o bem que faz à alma, essa sensação de fazer (bem).

Durante o tempo decorrido entre o convite que tivemos para estudar Monserrate e as suas Patologias (que era preciso diagnosticar), convite vindo do Presidente do IPPC - à data o Professor António Lamas, e a passagem do (mesmo) Professor António Lamas - à Presidência da empresa Monte da Lua: durante quase duas décadas a opinião pública mudou. Para o que muito contribuíram os Amigos de Monserrate, e as suas actividades, como foram exemplo os "hands on!", levados a sério, num domingo de cada mês...

Ou contributos muito generosos (mas também apaixonados) como os que foram pensados objectivamente, e dados: por Emma Guilbert, Andrew Bull, Gerald Luckhurst, João Freitas, Fernando Catarino, Paulo Lowndes Marques, José António Mello, entre muitos outros mais. Acções que, como se sabe, foram essenciais para dar visibilidade a Monserrate e ao seu valor patrimonial/artístico.  

No nosso caso, o que se deu está há muito totalmente devolvido: porque sabemos quantificar, até «a contar pelos dedos» (mesmo que não cheguem), elencando o imenso que ficámos a ganhar!

Como  visitas inolvidáveis: a Serralves ou ao Jardim Botânico - onde cresceram Sophia de Mello Breyner e Ruben A. - acompanhadas por Teresa Andresen; o Passeio de William Beckford Da Adraga à Azóia, explicado por Fernando Catarino. As espécies botânicas de Monserrate, e as que já só existem em estufas, como nas de Kew Gardens, exposto por G. Luckhurst. Gonçalo Ribeiro Telles, explicando «as margens da floresta», e como o Jardim de Monserrate se transformou num Arboretum...   

Informações que também nos levaram a Brighton, a Kew, a Osterley House, ou ao Parque Terra Nostra em S. Miguel...

(clic para legenda)

Havendo imagens - como esta foto - que são falantes:

Pois se o trabalho actual é consistente e repleto de futuro, na história do Palácio e Parque de Monserrate, na passagem da situação de abandonado, a um dos melhores Parques da Europa (sendo premiado*), nessa transição os contributos dos Amigos de Monserrate constituem, sem lugar para dúvidas, marca incontornável.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*http://greensavers.sapo.pt/2013/10/18/monserrate-sintra-de-abandonado-a-um-dos-melhores-parques-verdes-da-europa-com-video/

Ler ainda sobre:

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=88017

http://cryptomeria.afn.min-agricultura.pt/docbweb/plinkres.asp?Base=ISBD&Form=COMP&StartRec=0&RecPag=5&NewSearch=1&SearchTxt=%22TCO%20Monserrate%20%3A%20pal%E1cio%20%3A%20ideias%2C%20proposta%20de%20uso%20%5BTrabalho%20policopiado%5D%22%20%2B%20%22TCO%20Monserrate%20%3A%20pal%E1cio%20%3A%20ideias%2C%20proposta%20de%20uso%20%5BTrabalho%20policopiado%5D%24%22

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/

bien.faire.et.laisser.dire.gac@gmail.com


16
Out 13
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

...porque as nossas almas são curiosas:


"A nossa alma é feita para pensar, ou seja, para descobrir. Ora, um tal ser deve ter curiosidade; porque, como todas as coisas se integram numa cadeia onde cada ideia precede outra e vem a seguir a uma outra, não podemos desejar perceber uma coisa sem perceber outra. E se não tivéssemos esse desejo em relação a esta última não teríamos nenhum interesse pela outra. Assim, quando nos mostram uma parte de um quadro, ansiamos por ver a parte que nos ocultam na mesma proporção de interesse pela que vimos.

É portanto o prazer que nos dá um objecto que nos conduz a outro; é por isso que a alma procura sempre coisas novas e nunca descansa.

Deste modo, teremos sempre a certeza de ter agradado à alma fazendo-a ver muitas coisas ou mais do que ela esperava ver."*

 ...teremos sempre a certeza de ter agradado à Alma?

(legenda - clic na imagem)

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Montesquieu, Essai sur le Gôut (1726?). Tradução de António José Santana, Usus Editora, Lousã, 1995; ver p. 53.

Visite: http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/


12
Out 13
publicado por primaluce, às 18:00link do post | comentar
São conhecidas, e reconhecidas, as mais-valias desse trabalho?
São visíveis?
  
 

http://www.trabalharcomarquitectos.pt/


11
Out 13
publicado por primaluce, às 13:00link do post | comentar

Para irmos ver*...

 

"Projeto por: Duarte Lobo Antunes (PT), Caetano de Bragança (PT), Pedro Clarke (PT), Bárbara Maçães (PT), Ana Aragão (PT), Paulo Moreira + Prompt (PT), Dulcineia Santos e Pedro Bandeira (PT), Marta Brandão e Mario Sousa (PT), Benedita Feijó Andersen (PT), Tiago Rebelo de Andrade + Subvert (PT)

Data: 12.09–15.12.2013

Categoria: Exposição / Publicação / Palestra / SimpósioLocal: Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, Praça das Amoreiras, 56, 1250-020 Lisboa

Passada no ano 2113, Dear Future é uma exposição de dez postais originais que representam dez visões de Lisboa daqui a 100 anos. Inspirado nas imagens usadas para comemorar a Exposição Universal de Paris em 1900, o formato do postal situa-se entre ícone e spam, exposição e merchandise. Disponíveis para venda e envio, os postais vão contribuir para uma gigantesca exposição “par avion” cujo destino é impossível de determinar."

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Ver no Mapa

http://endofarchitecture.com/


08
Out 13
publicado por primaluce, às 21:00link do post | comentar

Porque este tem sido, ao longo da nossa vida profissional, um tema que nunca descurámos:

 

Não porque "quando a gente se põe a pensar se assusta..." - como há dias alguém nos dizia, a propósito de uma grade fechada a cadeado*!

Mas porque sim! Porque quando estamos perante normas de segurança e posturas legais, as mesmas são para incluir no projecto e cumprir**. 

É verdade, sim, este tipo de normas são mesmo muito mais para cumprir do que para pensar nelas!

Aliás é exactamente para isso que existem os especialistas:

Para eles pensarem, e eles definirem (dimensionando-os) os caminhos de fuga em caso de emergência

Que se aproveite esta campanha de exercícios para colocar a situação - quanto possível - dentro da legalidade

http://www.aterratreme.pt/

~~~~~~~~~~~~~~~

*Num edificio onde, estando a grade fechada, há centenas de pessoas que, se «a terra treme», terão como caminho de evacuação duas passagens de 60cm! Mas se a referida grade estiver aberta, o número de passagens passará, ... talvez a 4?

**E não para ficar a pensar.


05
Out 13
publicado por primaluce, às 14:00link do post | comentar

...agora são-no ainda mais:

 

Até que se possam compreender e descodificar, depois de centenas de anos de concepções erróneas, antes há que desmontar o que se fixou nalgumas mentes. Para refazer e depois poder compreender a História da Imagem: ao serviço do Conhecimento (e, claro, também na Arte).

É que podemos estar perante situações semelhantes,

mas não iguais. 

Há vários caminhos: () acima talvez um dos mais dificeis, e o que se segue () é outro:

"...le décryptage de tous les types d’images (son livre de méthode Voir, comprendre, analyser les images aux éditions La Découverteconnaît ainsi de nombreuses rééditions) et la nécessaire prise en compte historique de l'ensemble de la production visuelle humaine : l'histoire du visuel ("Visual History" ou Histiconologiade son nom savant)..."*

No fim, talvez se chegue à compreensão da Imagem,

e de que afinal as vias não são muito diferentes...

*Ver em: http://www.gervereau.com/parcours.php


03
Out 13
publicado por primaluce, às 23:00link do post | comentar
É verdade, perguntamos:

 

Quantas vezes, quantos milhares de vezes não terão sido desenhados - mapas e esquemas - nas areias das praias mediterrânicas (ou no pó das estradas e dos caminhos?): em desenhos muito semelhantes a estes, as Ideias essenciais do Cristianismo?

Estes dois «Mapas de Ideias», como sabemos, desenharam Arcos diferentes: de diferentes Estilos (tradutores de concepções teológicas diferentes).

Mas não foram os únicos, havendo muitos mais tipos de «Mapas»:

i. e., nem sempre da mesma tipologia,

ou expressos com recurso a círculos*.

(clic para legenda)

Aliás, sobre a representação de Deus escrevemos (em 2004):

"A hipótese que pomos de imagens significantes, ideogramas, terem traduzido a ortodoxia, isto é esquematizado com exactidão (e sem “heresia”), a complexa definição do Deus Católico -  em simultâneo Uno e Trino - nesta hipótese não estamos sós. Autores contemporâneos como..."**

De então para cá - há dias, e mais uma vez, vimo-lo no MNAA (no desenho de formas arquitectónicas) - não parámos de confirmar algumas das várias hipóteses que em 2002 começámos a «vizualizar»***.

Noções que estão já muito mais divulgadas do que os «estudiosos nacionais» supõem...

~~~~~~~~~~~~~~~

*Ler aqui:

**Continuar a ler em  Monserrate uma nova história, Glória Azevedo Coutinho, Livros Horizonte, p. 36.

***Sabemos que «vizualizar» não é a melhor palavra: talvez «entrever»? Ou talvez «Idealizar», e ainda o «Idear» (que existe na língua portuguesa) e que nos conduz - directos - ao «Idein» (do grego Eídos) de Platão.

Se, de uma maneira séria, quiserem compreender a questão (?) então leiam: A República, PLATÃO, Prefácio de Elísio Gala; Guimarães Editores, Lisboa, Setembro 2005: pp. XI-LXI; sobretudo: "A ORDEM DA PSYCHE E A ORDEM DA POLIS".

Não querendo ser sérios (?), então será à maneira usual cá no burgo: tão nossa conhecida...


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