Nunca nos lembraríamos de começar um ano lectivo com os casos que foram sugeridos aos alunos (para estudarem). É por isso que são sempre úteis e positivos os trabalhos de equipa!
O mesmo se pode dizer dos discentes, das equipas que formaram e dos trabalhos que realizaram: em geral estão de parabéns.
Mas essas análises que fizeram - dirigidas à apreensão geral dos espaços, suas formas físicas, e depois às realidades sensíveis «que habitamos» - isso também procuram os Historiadores da Arte e da Arquitectura, porém com outros enfoques*.
No entanto, a interpretação, i. e., as sínteses (reuniões, sintagmas) que se podem ver/ler, e o que se passa a pensar de cada caso estudado - como um (exemplo) integrante de uma Evolução Formal-Estética; essa leitura interpretativa pode ser o resultado de uma tarefa mental, (apenas) pessoal ou de um grupo restrito. Algo que a História da Arte ou a História da Arquitectura em geral ainda não faz (ou não fez).
Assim, estas primeiras aulas, embora curtíssimas e quase sem tempo para fazer melhor, não deixaram de se revelar francamente interessantes!
Na nossa enorme «viagem» (recuo no tempo) que incluiu a par do Palácio de Monserrate a compreensão da Igreja Românico-Gótica, também pudemos compreender vários outros edifícios. Que foram sínteses pluritemáticas, muito polissémicas e reuniões de imensas alegorias**.
Na referida «viagem», hoje dizemos que pudemos assistir ao nascer de formas iconográficas - como é o caso da Ogiva - que até P. L Nervi ou Santiago Calatrava, no caso da Estação do Oriente, continuaram a usar para marcar Espaços e Ambientes (ou Arquitecturas).
Todas as obras têm por detrás várias Ideias, e conjuntos de Decisões Práticas, que correspondem a um "Making Of"*** que é importante perceber!
~~~~~~~~~~~~~~~~~~
*E aqui note-se que é sempre útil ter dados concretos e verdadeiros (históricos) de cada edificação.
**Claro que Monserrate é muito «plural», mas centenas de anos antes passou-se o mesmo, na Reunião/Síntese que a Igreja Gótica constituiu.
***"Making of" que é complexo e trabalhoso, mais do que vestir um casaco com capuz para colar cartazes; ou o Know how de quem pinta paredes nos subúrbios.
Há que elevar o nível: 1ª etapa ultrapassada?