Continuamos em torno da mesma iconografia - gerada por círculos que se intersectam - vinda da tracerie visigótica, e, geralmente capaz de criar significados específicos. Na foto abaixo excerto da igreja de S. Cristóvão de Rio Mau, no Concelho de Vila do Conde. Essa cruz que encima a fachada frontal é, simultaneamente, uma “cruz pátea”, mas também um “quadrifolio”. Depende como é lida: se a forma, se o fundo (ou até o prolongamento dos arcos que não foi desenhado, e se subentende).
A acentuar estas possibilidades de leitura, está um pombo abrigado no vazado que é folha (ou pétala?) do “quadrifolio”.
Acontece, como terão notado, que a forma a que estamos a dar esta designação surge, com frequência, associada à Ordem de Cister, sendo aparentemente contemporânea da sua formação. Em francês toma a designação de “culots”.
Embora se possa encontrar em todo o país, no próximo post, vamos ver a sua aplicação nos vãos de um edifício na Rua da Boavista em Lisboa.